segunda-feira, 23 de abril de 2007

Solidão - poema IV


Solidão


Às vezes a solidão chega
De mansinho
Não avisa
E quando vejo, já se impregnou em minha pele

Me altera
Me rebaixa
Me chateia
Entristece...

Solidão, já não basta?
Fizesse de mim sua morada?
Vai, segue o teu caminho
Faz outro ser se sentir sozinho

Ou talvez não, não vai
Talvez tua presença
Seja minha única companhia
Talvez essa tristeza
Se converta em alegria

Incompreensível
Solidão, imprevisível!
Às vezes me machuca
Às vezes me ajuda


Mas eis que a poesia chegou
E as palavras aquietaram meu coração
Então, outro rumo tomou
Solitária, solidão!

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